Na França desde o início de 2023 os trabalhadores na França das mais diversas categorias ocupam as ruas do país contra mais uma reforma da Previdência que o governo de Emmanuel Macron tenta impor o aumento da idade para aposentadoria de 60 para 62 anos.
No caso dos trabalhadores no setor de recolhimento de lixo que são expostos a vários agentes químicos e biológicos nocivos à saúde dos trabalhadores é elevar a idade para aposentadoria de 57 para 59 anos, desconsiderando por completo as condições de trabalho impostas a esses trabalhadores.
Nessa semana o governo usou de um mecanismo controverso para impor a reforma independente da votação dos deputados, sendo que muitos lá como em outros lugares também não estão preocupados com os direitos dos trabalhadores, mas sim de manter o Estado como o instrumento garantidor dos interesses do Capital.
A partir das saídas da crise do Capital no ano de 2008 ficou ainda mais claro ver como os governos em todo o mundo agem para defender os interesses dos patrões: foram diversas reformas da Previdência começando por países na Europa, alterações nas leis trabalhistas que retiraram direitos, vivemos isso também na América Latina com destaque no Brasil para as reformas trabalhista de 2017 feita por Temer/MDB e da Previdência em 2019 feita por Bolsonaro/PL que aumentou a idade para aposentadoria para 65 anos no caso dos homens e 62 para as mulheres.
Essas reformas foram acompanhadas de muita propaganda dos governos, dos patrões e dos meios de comunicação privados com a falsa defesa de que eram necessárias para geração de mais empregos e investimentos em serviços para a população, mas a realidade mostrou para que serviram.
O desemprego continuou crescendo, os contratos de trabalho foram mais precarizados, direitos foram eliminados, o arrocho salarial aumentou e as politicas públicas na área de saúde, educação, saneamento continuaram sendo sucateadas.
A luta dos/as trabalhadores/as na França é exemplo de que só com a luta da classe trabalhadora que atravessa as fronteiras das categorias e das nações é capaz de parar os ataques dos governos de plantão que estão a serviço do Capital.
No Brasil ter derrotado o governo genocida de Bolsonaro foi um importante passo para retomar a luta pela revogação dessas reformas, mas agora é preciso organizar a luta nos locais de trabalho, de moradia e nas ruas para exigir do governo Lula/PT essa medida.
Não serão as reuniões com o governo ou com o Congresso que se avançará, é na pressão organizada dos trabalhadores exigindo do governo o que nos foi arrancado que garantiremos a devolução dos direitos e melhores condições de vida e trabalho.