No domingo, 04 de junho, um homem negro de 32 anos foi preso por policiais militares na cidade
de São Paulo acusado de furto, além das algemas, o homem foi amarrado pelos pés e pelas mãos
levado para a Delegacia como se fosse um saco de lixo que os policiais carregavam.
As cenas que circularam dias depois desse ato criminoso, de extrema crueldade e de flagrante
tortura é mais uma exemplo que escancara o racismo institucionalizado em que o braço armado
do Estado é utilizado para atingir a dignidade e a vida de mulheres e homens negros.
O homem amarrado por cordas pelos policiais nesse 05 de junho, o jovem algemado e puxado
por um PM numa moto por avenidas de São Paulo há dois anos atrás, remetem a dor, ao
sofrimento, à violência que mulheres e homens negros escravizados foram vítimas no Brasil
colonizado.
Os dois homens vítimas da repressão do braço armado rapidamente tiveram suas penas
determinadas, já os policiais foram somente afastados para apuração “ se houve ou não abuso
de autoridade “. No caso de 2021 o policial foi absolvido e no caso atual os policiais envolvidos
foram somente afastados das atividades operacionais. Ou seja, mais uma vez a estruturas do
Estado em movimento para punir a vítima e proteger seu algoz.
É na luta do conjunto dos/as trabalhadores/as que avançaremos na luta contra o racismo
institucionalizado que ataca frontalmente negros e pobres, que é usado pelo capitalismo para
impor mais opressão e exploração ao conjunto de nossa classe.