As fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul combinada com a crise climática provocada pela ganância de um sistema capitalista que agride a natureza, ataca os recursos naturais na busca de mais lucro tem como consequência mais tragédias em que as maiores vítimas são os trabalhadores e os seus.
As enchentes que atingem todo o estado do Rio Grande do Sul em especial a capital Porto Alegre, a região metropolitana e também as regiões de serra já deixaram dezenas de mortos e outras dezenas de desaparecidos, centenas estão ilhados ou desabrigados. O estrago das enchentes já chega a outros estados do sul, como em Santa Catarina.
Mesmo numa situação de extrema gravidade, em vários locais de trabalho, como no comércio, os trabalhadores foram obrigados a ir trabalhar, (locais que não são de atividade essenciais em situação de emergência), nas fábricas, o trabalho só não aconteceu nos locais em que não havia como chegar, ou seja, para o Capital pouco importa se os trabalhadores estão perdendo suas casas e seus pertences e mais grave; se estarão expostos a riscos de morte ao irem ao trabalho.
Em meio a tanto sofrimento, a solidariedade de classe se coloca em movimento: as cenas de muita tristeza que vem do Sul, não conseguem esconder a solidariedade das maiores vitimas que são os trabalhadores. Muitos que conseguiram se salvar agora ajudam aqueles que estão em situação de risco e a nós cabe fortalecer a solidariedade em cada região, enviando ajuda para alimentos e roupas, entre outras necessidades, mas é preciso mais.
É preciso exigir dos patrões estabilidade no emprego e preservação dos salários e direitos, é preciso exigir dos governos municipais, estadual e federal todos os investimentos necessários para salvar as vidas daqueles que estão em lugares de mais perigo e as devidas ações para aqueles que perderam tudo tenham condições de reorganizar suas vidas.
Além disso, é preciso como classe fortalecer a luta que atravessa as cercas dos estados e nações exigindo as devidas mudanças que obriguem os governos de plantão a fazerem as devidas modificações nas legislações e rigor nas fiscalizações contra as grandes corporações privadas que seguem atacando o meio ambiente e as vidas da classe trabalhadora.
O que acontece na região sul do Brasil, guardada as devidas proporções do que já acontece em vários outros estados do país e em outros países é o exemplo da crueldade de uma sociedade capitalista onde o que vale não é a vida, mas sim lucro. Por isso nossa luta maior é por uma sociedade sem exploração.