“A atitude de um partido político diante de seus erros é um dos critérios mais importantes e seguros para a apreciação da seriedade desse partido e do cumprimento efetivo de seus deveres para com a sua classe e a massa trabalhadora. Reconhecer francamente os erros, pôr a nu as suas causas, analisar a situação que os originou e discutir cuidadosamente os meios de corrigi-los é, o que caracteriza um partido sério; nisso consiste o cumprimento de seus deveres; isso significa educar e instruir a classe e, depois, as massas.”
(Esquerdismo, doença infantil do comunismo- Lênin)
Na madrugada do último sábado (01/08), um grupo de militantes do Juntos (juventude do MES/PSOL) preparou uma emboscada e agrediu covardemente um militante da INTERSINDICAL, do coletivo Barricada Abrem Caminhos e duas camaradas que o acompanhavam na volta pra casa após uma festa do Diretório Central dos Estudantes da UFRGS. Após o acontecido, quando retornaram a festa para denunciar as agressões, foram impedidos e novamente agredidos.
Infelizmente, a prática da violência no movimento sindical, desenvolvida inicialmente pelos setores mais reacionários como a Força Sindical e posteriormente, a CUT, vem sendo reproduzida também entre organizações da esquerda. Não é raro enfrentarmos situações de agressão física e ameaças nas eleições e congressos em que participamos. Assim como é importante citar que não é a primeira vez que a corrente MES/PSOL está envolvida em casos como este.
A situação a que os camaradas foram submetidas não pode ser entendida simplesmente como uma “briga de rua”, como afirma a direção do PSOL, mas sim como a expressão das formas de lidar com as divergências desenvolvidas pela militância deste Partido. Entendemos que o uso da violência entre a esquerda expressa uma desqualificação do debate das divergências políticas e que não colabora para o avanço do movimento dos trabalhadores.
Na prática diária na construção da Intersindical e nos locais de trabalho, entendemos que os camaradas agredidos não tem se eximido da responsabilidade de qualificar os debates centrais para a classe e sentimos revolta quando, justamente por se inscrever no debate, são violentados desta forma.
Entendemos como necessário que a direção do PSOL se posicione firmemente, responsabilizado não só os militantes envolvidos, mas também o partido, e tomando as providências necessárias. A condescendência expressa na nota pública no partido legitima que a lógica de agressões físicas entre a esquerda não cessem.
Aos camaradas agredidos, nossa solidariedade. Também nos sentimos feridos e nos esforçaremos para tornar pública essa verdade.
Seguimos na luta, enfrentando o nosso verdadeiro inimigo, o Capital e seus Lacaios!
Mais detalhes sobre o fato, acesse: http://blogdothales.sul21.com.br/2015/08/imagens-mostram-integrantes-do-psol-agredindo-dissidentes-do-partido-na-saida-de-festa-no-dce-da-ufrgs/