OS PATRÕES QUEREM MAIS ATAQUES CONTRA À CLASSE TRABALHADORA E TEMER DO PMDB JÁ DISSE QUE SIM

NOSSA RESPOSTA É AMPLIAR A LUTA EM CADA LOCAL DE TRABALHO, ESTUDO E MORADIA EM DEFESA DOS DIREITOS.

No dia 17 de abril de 1996, o braço armado do Estado assassinou dezenas de trabalhadores rurais sem-terra, em Eldorado do Carajás/PA, no 17 de abril de 2016, outro espaço do Estado, o parlamento atendendo a exigência do Capital, avança no processo do impeachment, para que se troque o gerente de seus interesses na máquina do Estado com o objetivo de acelerar os ataques à classe trabalhadora.

compromissoO governo do PT durante os últimos 13 anos foi subserviente na máquina do Estado aos interesses da burguesia. Antes de chegar ao governo, o intenso processo de conciliação de classes realizados pela CUT em que direitos e salários dos trabalhadores foram reduzidos, credenciou o PT para ser aceito pela burguesia na Presidência da República para impor um pacto, em que além de garantir farta ajuda ao Capital com dinheiro público, impôs à classe trabalhadora a contenção das lutas.

Empregos precarizados, endividamento da classe trabalhadora, reforma da Previdência que atacou o funcionalismo público, bolsas mínimas para quem não tem o básico para sobrevivência e bolsas fartas para o Capital industrial e financeiro.

O governo do Partido que deixou de ser dos Trabalhadores, governou para burguesia, se submeteu às negociatas sórdidas do Congresso, manteve as concessões aos grandes meios de comunicação do Capital, como a Rede Globo e como pensou já estar aceito no petit comitê da burguesia, agora se sente traído por àqueles que simplesmente permitiram sua permanência no governo federal enquanto foi útil ao apassivamento da luta de classes.

burguesia comercialO vice que já se coloca como presidente, Michel Temer/PMDB anunciou medidas duras, ou seja, duras para classe trabalhadora ao gosto do grande Capital: reforma da Previdência com o objetivo de aumentar a idade para aposentadoria, (o que o próprio governo do PT já havia anunciado), reforma trabalhista que tem por objetivo reduzir salários e direitos, prevalecendo o negociado acima do legislado, o que significa o rebaixamento de direitos garantidos através de muita luta. A pauta de Temer é a pauta das principais representações patronais como a FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), FIRJAN (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro), que tentam a todo custo impor mudanças na legislação trabalhista com o objetivo de reduzir o preço da força de trabalho do conjunto da classe trabalhadora. No Paraná a FIEP (Federação das Indústrias do Paraná), a Associação Comercial e a representação do Agronegócio, agradeceram aos deputados pelos “serviços prestados” na votação do impeachment, demonstração escancarada da ação da burguesia que decidiu por trocar a gerencia de seus negócios na máquina do Estado.

Ao lado do Capital nessa empreitada está Eduardo Cunha/PMDB, que além de estar credenciado como um dos maiores corruptos do país, é o porta-voz daqueles que defendem a legitimação da violência contra as mulheres, aos jovens e crianças, com seus projetos de bolsa estupro e apoio a outros como o da redução da maioridade penal e o projeto de terceirização que tem por objetivo rebaixar salários e direitos e aumentar os acidentes, doenças e mortes nos locais de trabalho.

A ofensiva contra nossos direitos, que se manifesta nos pacotes dos governos em todas as esferas e na ação do Capital que para retomar e ampliar seu patamar de lucros avança sobre os empregos e salários se enfrenta sem ilusões com as esferas de representação do Estado. E o enfrentamento contra a piora das condições de vida e trabalho se dá nos locais de trabalho, estudo e moradia, com as greves e ocupações de fábricas, com a paralização da produção e circulação do Capital.

A INTERSINDICAL – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora está inserida no enfrentamento real junto com a classe trabalhadora contra os ataques do Capital e seu Estado e disposta a construir a devida unidade de ação com as demais Organizações que de fato estejam dispostas a se empenhar na ação pela base. Não estamos juntos à pauta daqueles que seguem na defesa do atual governo que mostrou de todas as formas sua subserviência ao Capital, bem como, mais do que não estarmos juntos, somos contra a canalha que se reúne no Congresso Nacional representantes dos interesses do Capital e que no dia 17 de abril vibraram com a abertura do processo de impeachement contra Dilma.

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Seguimos aonde estamos, na base junto aos trabalhadores no enfrentamento contra a ação do Capital e seu Estado, sem ilusões que será na esfera da superestrutura do sistema, ou seja, no Executivo, no Parlamento ou no Judiciário, que a classe trabalhadora encontrará a solução para seus problemas.

É a luta organizada nos locais de trabalho, moradia e estudo, ocupando as fábricas e as ruas com as bandeiras vermelhas do sangue dos nossos que tombaram defendendo a classe trabalhadora que se faz o verdadeiro enfrentamento contra a minoria que segue concentrando riqueza através da exploração do conjunto de nossa classe.