A direção da Carmen Steffens, com o objetivo de aumentar ainda mais seus lucros, vem ameaçando os trabalhadores com demissões para tentar impor a redução de salários, além disso, tenta intervir na ação sindical. A falsa alegação de que passa por uma crise, logo é desmontada com os dados da realidade. Dados do CAGED, indicam que do final de 2015 até junho de 2016, o emprego no setor calçadista de Franca e região pulou de 20.970 empregados para 26.077.
E os números da própria empresa revelam que não há crise: são 550 lojas, em 18 países, o plano da empresa é chegar a 2 mil lojas com presença em 35 países. Sua receita bruta aumentou em 25% no ano de 2015 e enquanto os trabalhadores têm uma média salarial de R$ 1400,00, uma bolsa da Carmen Steffens é vendida por R$5 mil.
Tudo isso mostra que a empresa quer aumentar ainda mais seus lucros à custa da exploração dos trabalhadores através da redução de seus já arrochados salários.A empresa através das chefias tem parado sistematicamente a linha de produção para fazer “reuniões” com os trabalhadores, obrigando-os a assinarem lista pedindo a realização de assembleia, ou seja, tentam intervir no Sindicato, representante legítimo dos trabalhadores.No dia 05 de agosto a direção da empresa chegou ao cúmulo, através de coação em colocar os trabalhadores em ônibus, conduzidos por chefes e gerentes, levando-os à sede do Sindicato para tentar impor a redução de salários.
O Sindicato dos Sapateiros de Franca junto com a INTERSINDICAL – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora, reafirma que segue firme na defesa dos direitos dos trabalhadores, discutiremos propostas que de fato protejam os empregos e não que ataquem os salários e direitos. As assembleias são espaços soberanos de decisão da categoria e são convocadas pelo Sindicato para ampliar direitos e não retroagir.
Portanto não vamos aceitar nenhuma redução de salários e nenhuma intervenção patronal no instrumento de defesa dos trabalhadores. Além das denúncias e das devidas ações contra a prática anti-sindical da empresa e a tentativa de reduzir os salários, a luta em conjunto com os sapateiros segue em defesa dos empregos, dos salários, por nenhum direito a menos e para avançar nas conquistas.