Oito manifestantes foram detidos pela Brigada Militar em protesto de professores ligados ao Cpers nesta manhã no saguão do Centro Administrativo do Estado.
A categoria está mobilizada no país inteiro para reivindicar a aprovação do piso salarial que está na pauta do Congresso. No Rio Grande do Sul, os professores querem debater com a Secretaria de Educação (SEC) as medidas de transferências de turmas e fechamento de escolas no Estado.
Os manifestantes presos estariam tentando impedir a entrada de funcionários no edifício. O Batalhão de Operações Especiais da BM foi acionado e ajudou na contenção do protesto.
Por volta das 11h20min, o chefe da Casa Civil do governo Yeda, Cézar Busatto, anunciou que vai receber os representantes da categoria. O secretário também teria oferecido garantia de que os sete professores e o estudante detidos seriam liberados sem que ficasse registrada a ocorrência na polícia.
Às 12h15min, ainda detida na área judiciária da polícia civil, a 2ª vice-presidente do Cpers, Neiva Lazzarotto disse que houve excesso na ação da polícia. Segundo ela, os manifestantes tentavam fechar a porta de entrada do prédio quando foram impedidos por cerca de oito policiais que atiraram gás de pimenta.
— Foi uma truculência desproporcional com o movimento. Um abuso. — afirmou Neiva, que foi algemada junto com os outros sete manifestantes e conduzida ao Palácio da Polícia.
A secretária de educação, Mariza Abreu, está em Rondônia para um encontro de gestores da área. A secretária adjunta, Salete Cadore, que representa Mariza em sua ausência, afirmou que a SEC nunca deixou de ouvir as reivindicações dos professores e que reivindicação salarial é uma questão nacional e antiga.
— O ano letivo está começando com boa tranqüilidade. Problemas pontuais, como falta de transporte escolar em Santa Maria, estão sendo negociados, é uma questão localizada. Estamos tentando achar solução — afirmou Salete.
Sobre a enturmação nas escolas estaduais, a secretária afirmou que a medida foi para organizar o sistema educacional:
— Fizemos um esforço grande para organizar as turmas. Não há concentração de alunos. Não há mais do que o regular, aquilo que nós entendemos ser um número sensato.
Segundo ela, a média é de 24 alunos por sala de aula.
Neiva Lazzarotto é Vice Presidente do CPERS Sindicato e membro da Coordenação Estadual/RS da Intersindical