Os patrões, para conter a luta em defesa dos direitos, tentam de todas as formas atacar a organização dos trabalhadores. Exemplo disso são as perseguições contra os dirigentes sindicais com suspensões e demissões, desrespeitando a organização sindical.
No início de agosto, a multinacional americana, Whirlpool, líder no setor de linha branca, demitiu o trabalhador Nilton Pires, funcionário na fábrica de Rio Claro e diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Limeira e região/SP.
A direção da empresa passou por cima da estabilidade do dirigente sindical para tentar atrapalhar a mobilização que se ampliava no mesmo período que impuseram a demissão. Mobilização que, mais do que reivindicar aumento nos valores da Participação nos Lucros e Resultados, denuncia o ritmo alucinante da produção e a pressão por mais produção o que tem como resultado o aumento do adoecimento dos trabalhadores provocado pelas péssimas condições de trabalho.
Mais do que as ações judiciais que já estão em andamento exigindo a reintegração imediata do companheiro Nilton ao local de trabalho, o mais importante é fortalecer a luta contra o ataque à organização dos trabalhadores. O que aconteceu em Limeira é a realidade do que acontece em outras regiões e categorias pelo país afora: os patrões, para tentar contar a luta da classe trabalhadora, passam por cima da devida estabilidade que os dirigentes sindicais têm direito justamente para tentar distanciá-los da categoria e da luta em defesa dos direitos.
Mas não conseguirão nos afastar da luta contra os ataques dos patrões e nem da organização dos trabalhadores, que têm nos Sindicatos comprometidos com a classe trabalhadora seu instrumento de defesa contra a retirada de direitos imposta pelo Capital e seus governos.