No dia 08 de novembro uma Comissão Especial criada na Câmara dos Deputados, composto em sua maioria absoluta de homens, que se escondem através de um discurso hipócrita para atacar a vida das mulheres, alterou a redação de um projeto de lei que deveria tratar da ampliação da licença maternidade para mães de bebês prematuros.
Esses hipócritas, que dizem defender a vida, tentam alterar o direito ao aborto legal já previsto em lei para os casos de estupro, anencefalia e riscos a vida da gestante.
Hipócritas que se acham detentores de definir quando começa a vida e viram as costas para as crianças que seguem vagando nas ruas vítimas da miséria, que morrem assassinadas nas periferias, hipócritas que são coniventes com a morte de milhares de mulheres que são vítimas dos abortos realizados nos açougues que são as clinicas clandestinas.
São os mesmos hipócritas que apoiam outros projetos, como o que protege o estuprador e penaliza a mulher, vítima dessa violência que continua numa sociedade que oprime as mulheres e explora o conjunto da classe trabalhadora.
A LUTA É DO CONJUNTO DA CLASSE TRABALHADORA:
Nessa semana as manifestações contra a PEC 181 se espalharam por todas as regiões do país e nossa tarefa é fortalecer essa luta em cada local de trabalho, estudo e moradia, para impedir mais esse atentado contra a vida das mulheres.
Essa não é uma luta só das mulheres, mas do conjunto da classe trabalhadora. São as mulheres pobres, em sua grande maioria, as vítimas dessa violência que mata milhares a cada ano.
Lutar em defesa da vida é lutar por outra sociedade em que ser mulher, negro, negra, homossexual não signifique ser desigual. Lutar em defesa da vida é lutar por uma outra sociedade em que mulheres e homens trabalhadores não sejam submetidos à opressão e à exploração.