Os metalúrgicos na Embraer de São José dos Campos/SP iniciaram uma greve no dia 24 de setembro contra a retirada dos direitos que estão na Convenção Coletiva de Trabalho.
A Embraer, junto com a Boeing, empresa americana que comprou a divisão de aviões comerciais da empresa no Brasil, tenta avançar no ataque contra os trabalhadores. Entre as cláusulas sociais ameaçadas estão a cláusula que garante estabilidade aos trabalhadores vítimas de doenças e acidentes provocados pelo trabalho, a cláusula que impede a terceirização de vários setores da produção, dentre outras cláusulas que estão na Convenção Coletiva de Trabalho em consequência de muita luta realizada pela categoria.
A greve que se iniciou na manhã do dia 24 sofreu forte repressão da Polícia Militar que, a serviço da direção da Embraer, atacou os trabalhadores durantes dois dias seguidos: bombas, gás de pimenta, espancamento de trabalhadores que também fazem parte da direção do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e detenção dos mesmos, foi o que se viu na portaria de uma das maiores empresas instaladas em São José dos Campos, que novamente se serviu da Polícia Militar que, atrás de seus escudos e armas, atacou de forma torpe e covarde os trabalhadores que lutam em defesa de seus direitos.
Mais do que repudiar a ação da Polícia Militar que sempre está a postos para servir aos interesses do Capital, e em tempos de um governo saudoso da ditadura militar se sente livre para bater e matar, nos solidarizamos na luta aos metalúrgicos de São José dos Campos, uma luta que nós, da Intersindical estamos fazendo em cada local de trabalho contra a investida dos patrões que tentam impor sua reforma trabalhista que tem por objetivo achatar salários, reduzir direitos e aumentar as demissões.
É na continuidade da luta que avançamos contra os ataques dos patrões e seus aparatos de repressão.