LUTAR EM DEFESA DOS DIREITOS, DO EMPREGO, POR MELHORES CONDIÇÕES DE VIDA E TRABALHO

A Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora, participou da primeira reunião de 2020 das centrais sindicais para discutir a continuidade do calendário de mobilização contra os ataques ao conjunto da classe trabalhadora realizados pelo governo Bolsonaro.

Mas a luta, além de ser contra esse governo capacho do Capital, também é contra os ataques dos patrões que festejam as reformas e Medidas Provisórias desse governo, que têm arrochado ainda mais os salários e retirado direitos; o que aumenta é só o desemprego e a miséria.

A luta também é contra os ataques dos governos estaduais e municipais que avançam nas reformas da Previdência atacando as aposentadorias e direitos do funcionalismo público e, à exemplo do governo federal, têm sucateado cada vez mais os serviços públicos.

Estamos na construção dos atos nacionais, como os que acontecerão no dia 14 de fevereiro, dia de luta em defesa dos direitos da Previdência e contra a militarização do INSS, o 18 de Março, Dia Nacional de Luta em defesa dos serviços públicos, dos servidores e contra as privatizações, como também na organização das manifestações do 8 de Março e 1° de Maio. Essas são algumas das principais mobilizações que acontecem até maio, onde estaremos nos locais de trabalho, moradia e nas ruas, denunciando os ataques desse governo que quer exterminar direitos e aumentar a miséria da maioria da população trabalhadora.

A Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora não estará no ato do dia 03/02 na FIESP, pois discordamos da estratégia das outras centrais que subscrevem a convocação desse ato. Essas centrais defendem que há uma desindustrialização no país, assim como os empresários que estão em disputa contra o atual presidente da FIESP, Paulo Skaf, que tem se aproximado cada vez mais de Bolsonaro.

O fato é que o conjunto do empresariado, sejam eles de indústrias nacionais ou de multinacionais têm comemorado as principais ações do governo Bolsonaro, começando pela desumana reforma da Previdência e por todas as Medidas Provisórias que têm aprofundado a reforma trabalhista, o que trouxe como consequência para os trabalhadores mais arrocho salarial, mais demissões, menos direitos.

Enquanto os empresários comemoram essas medidas, também reorganizam seu processo de produção; é assim que fazem a cada crise, se deslocam, mudam de cidade, região, deslocam e ampliam sua produção também para outros países.

A história recente no Brasil já mostrou a que serviu a conciliação entre os patrões e representantes dos trabalhadores; para além de iludirem a classe trabalhadora de que o pacto serviria para manter empregos e melhorar as condições de vida, o que se viu foi o Capital conseguir melhores condições de explorar os trabalhadores e, a cada governo de plantão, o Estado age para atender as demandas do Capital.

É por tudo isso que não estaremos no ato dia 03 de fevereiro. 

Estaremos na construção, organização e presentes em todos os dias nacionais de luta contra os ataques do governo Bolsonaro, em defesa dos direitos, dos serviços públicos, do emprego, por melhores condições de vida e trabalho, esses sim capazes de potencializar a necessária greve geral contra os ataques dos patrões e de seus governos.