A greve dos petroleiros segue firme, enfrentando o ataque do governo e também do Judiciário. Para tentar acabar com a greve, o governo entrou com ação no Judiciário que além de querer impor altíssimas multas aos Sindicatos e bloqueio das contas, determinava que 90% do efetivo na Petrobrás operasse, ou seja, querem o fim da greve a qualquer custo.
Em Cubatão/SP a direção da empresa manteve em cárcere privado petroleiros que estavam trabalhando no turno em que teve início a greve. O Sindicato dos Petroleiros conseguiu ação judicial para liberar os trabalhadores de dentro da refinaria, mas a direção da empresa passou por cima e manteve os petroleiros presos nos turnos.
Após a denúncia do Sindicato, o Ministério Público do Trabalho entrou com ação judicial, denunciando a direção da Petrobrás e pedindo a prisão do diretor geral da refinaria em Cubatão por ter colocado em risco a saúde e a vida dos trabalhadores. No dia 18/02, a direção da empresa recuou e trabalhadores que ainda estavam confinados dentro da refinaria foram liberados.
Fruto da greve nacional, as demissões na FAFEN (Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados) em Araucária/PR foram suspensas temporariamente por determinação do Judiciário, mas só a suspensão não basta, é preciso garantir os empregos, os direitos que estão sendo desrespeitados da Convenção Coletiva e mais: a luta é contra a política imposta pelo governo para a Petrobrás que atinge os petroleiros, os trabalhadores nas empresas terceirizadas e o conjunto da população trabalhadora, é só ver os preços absurdos do gás de cozinha e dos combustíveis para constatar que o ataque atinge a todos os trabalhadores.
A greve dos petroleiros faz parte da luta contra os ataques do governo Bolsonaro que tenta entregar tudo que é público para as empresas privadas, atacando direitos básicos dos trabalhadores. A solidariedade ativa à greve dos petroleiros fortalece a necessária luta do conjunto da classe trabalhadora.