Estudo divulgado no final de 2020 pela Rede Justiça fiscal (Tax Justice Network) mostra que o Brasil deixa de arrecadar por ano aproximadamente R$ 80 bilhões em tributos que são desviados em manobras fiscais feitas por grandes milionários e multinacionais no Brasil e pelo mundo afora.
Em todo mundo são R$2,3 trilhões de impostos perdidos e o Brasil fica em quinto lugar entre os países que mais perdem impostos daqueles que fazem riqueza explorando a classe trabalhadora.
O estudo também traz um dado a título de comparação, estimando que a perda de arrecadação do Brasil com impostos não pagos por multinacionais e milionários são equivalentes a 20% do orçamento do país destinado à saúde ou ao salário anual de mais de 2 milhões de enfermeiros.
Durante a pandemia do novo coronavírus que já matou de mais 1, 5 milhão de pessoas no mundo, quase 200 mil no Brasil e segue contaminando milhões, a concentração de renda aumentou e os grandes bilionários viram suas fortunas crescerem mais ainda durante a tragédia que a cada dia acaba com a vida de milhares mundo afora.
O governo Bolsonaro segue com sua política genocida jogando os trabalhadores na mira do vírus e da fome: o asqueroso presidente que foi nadar na Praia Grande litoral sul de São Paulo em meio ao aumento de mortes que no Brasil já ultrapassam a 196 mil pela COVID 19 acabou com o auxílio emergencial que vai jogar na miséria mais de 60 milhões de pessoas e ainda no apagar das luzes de 2020 editou mais uma Medida Provisória contra quem quase nada tem.
A MP que passou a ter vigência imediata pode retirar o acesso à assistência de aproximadamente 500 mil pessoas que terão que recorrer ao Judiciário para tentar obter o Benefício de Prestação Continuada (BPC), a medida restringe o BPC novamente a quem tem renda domiciliar até 25% do salário mínimo por pessoa (equivalente a R$ 275,00).
Esse é o governo que tripudia sob a vida, que joga milhões na mira do vírus e da fome, que quer o fim dos direitos trabalhistas e segue protegendo os interesses dos bilionários que se enriqueceram ainda mais em meio a pandemia.
2021 começa com as mesmas tarefas para enfrentar os patrões e seu governo da morte: fortalecer e ampliar a luta do conjunto da classe trabalhadora, dos que estão empregados, desempregados, na informalidade, sem acesso ao básico para viverem com dignidade. É na luta nos locais de trabalho, moradia e nas ruas que garantiremos nenhum direito a menos, nossa vidas e melhores condições de vida e trabalho.